Gosto de vingança na vitória do Corinthians

Malcom quase marcou um golaço e levou o terror para a zaga do Figueira. Luís Moura/Gazeta Press
Malcom quase marcou um golaço e levou o terror para a zaga do Figueira. Luís Moura/Gazeta Press

O Corinthians perdeu apenas três partidas na Arena de Itaquera: para o Figuerense na inauguração do estádio (ano passado, com Mano Menezes de técnico), para o Palmeiras (semanas atrás) e Guarani do Paraguai (Libertadores). Era uma questão de honra devolver a “gentileza” para o adversário indigesto. Mesmo em plena reformulação depois da saída de Fábio Santos, Guerrero, Emerson Sheik e Petros, o Timão ganhou de 2 a 1 e obteve a tão sonhada vitória. Teve sabor de vingança sim senhor. Gols de Vágner Love e Jadson, de pênalti, com Tiago Caça Rato descontando para o Figueira. Timão chega assim a 16 pontos, sem perder partidas bobas em casa.

O técnico Tite transformou o Brasileirão em um grande laboratório. Abandonou de vez o 4-1-4-1, que encantou o planeta no começo do ano, por absoluta falta de peças para colocar o esquema em prática. Já utilizou o 4-2-2-2, o 4-2-3-1 e diante do Figueirense apostou no velho e bom 4-3-3, com apenas Bruno Henrique atuando de cabeça de área. Ao lado dele, Jadson e Renato Augusto. Na frente, Malcom, Vágner Love e Luciano, esse voltando para ajudar na armação e marcação do meio-campo.

Funcionou? Bem, não muito. Jogadores em fase de adaptação, ainda desentrosados bateram de frente com a tática e pouco ameaçaram a equipe do treinador Argel.

Na etapa final, Tite abriu mais pelas pontas, soltando Edílson e Uendel. Ai sim!

Na primeira arrancada de Uendel, trocando passes com Renato Augusto, lateral cruzou e Vágner Love abriu o placar dando um carrinho na bola. E diga-se: Love aos poucos encontra os espaços dentro de campo. Sempre de frente para o gol, atacou os zagueiros com drible ousado. Derrubado dentro da área, arbitragem deu pênalti. Jadson cobrou e mandou no ângulo, 2 a 0.

Figueira ainda fez um gol, em grande jogada de Tiago Caça Rato. E só. Tite deu um jeito de segurar a onda e garantir mais três pontos. Além de Love, Malcom teve um excelente desempenho e o volante Marciel, saído da base, deixou boa impressão. Tem estilo, toca bola com classe e combate numa boa. Mais um reforço para o Bando de Loucos, sem dúvida.

E tenho dito!