Garotada segura a Argentina de Messi

Foto: Juan Mabromata/AFP

Brasil teve um teste de fogo em San Juan, na noite desta terça-feira, na Argentina, no empate sem gol, jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Qatar. Valeu a partida principalmente porque a equipe nacional atuou com a nova geração e ninguém afinou. Molecada encarou de frente a pressão e a tradicional rivalidade de peito aberto, sem medo de cara feia. Fred ainda acertou o travessão e Messi, bem marcado, deu apenas um chute a gol, defendido na paz por Alisson.

É bom lembrar que ambas equipes estão classificadas. O Brasil matematicamente e a Argentina precisa de mais dois pontos. Neymar era o grande desfalque. Do outro lado, os hermanos completos, sob o comando de Messi e companhia bela. Um desafio e tanto. Vinicius Junior de camisa 20, faria as funções do craque afastado. Time do técnico Tite sofreu grande pressão do adversário e encontrou dificuldades de sair jogando. Por isso, o domínio de bola era dos argentinos.

PAREDÃO VERDE AMARELO

Se o ataque e o meio campo estavam perdidos, a defesa se mostrava segura e confiável. A primeira chance coube ao Brasil. Lucas Paquetá lançou Vinícius Junior penetrou livre. Era para abrir a contagem. Garoto se atrapalhou. Quis dar uma “cavadinha” e desperdiçou.

Matheus Cunha, por sua vez, viu o goleiro adiantado demais e arriscou uma batida antes da linha do meio campo. Pelota passou raspando o travessão. Seleção insistia demais pela esquerda, esquecendo o direito, onde tinha o iluminado Raphinha. Lautaro Martinez se aproveitou de um vacilo da marcação brasileira e bateu com perigo. Isso aos 30 minutos.

RIVALIDADE EM CAMPO

Na verdade, poucas oportunidades de gol aconteceram para as duas equipes. Otamendi levou um drible de Raphinha e deu uma cotovelada no rosto do jogador. VAR revisou e se acovardou. Era lance para expulsão. Jogada covarde e desnecessária. Fred chutou de longe e Emiliano Martinez encaixou.

Messi abriu para esquerda e sobrou para De Paul. Atacante bateu no canto direito e Alisson pegou em dois tempos. Em outro lance, saiu mal e quase se complicou. Partida violenta, na base do “chega junto”, sem dar moleza, nem de um lado e nem do outro. Rivalidade acirrada.

CINCO PONTOS…

O atacante Raphinha levou cinco pontos no lábio inferior, por causa da agressão covarde de Otamendi. Mesmo assim, voltou para etapa final. Brasil se manteve em um esquema tático defensivo e a Argentina, por outro lado, não encontrava um caminho para intimidar o rival, além de encontrar dificuldades para propor o jogo.

Escanteio pela esquerda, zaga portenha rebateu e Fred explodiu no travessão. Garotada Canarinho dando show. Vinicius Junior deu uma “carretilha” (tipo de um chapéu) no marcador e Matheus Cunha se confundiu na finalização. Raphinha, depois de apanhar bastante, saiu para Antony entrar. Outro teste de Tite.

SEGURA PEÃO 

Antony disparou pela direita e rolou para Matheus Cunha. Esse deu com açúcar e com afeto para Vinicius Junior. Atacante do Real Madrid fintou o beque e chutou fraco. Faltou malícia. Poderia ter batido de primeira. Tite sacou Lucas Paquetá e veio Gerson. Matheus Cunha deixou o gramado para chegada de Gabriel Jesus.

O empate sem gols já era uma vitória para u.a seleção cheia de garotos, que bravamente dava conta do recado. Messi, sempre perigoso, deu uma colocada de repente. Alisson estava atento e encaixou tranquilo. Nos últimos minutos, Argentina foi para cima. E segura peão. Para valer mesmo, hermanos tiveram duas oportunidades. De resto, nada fi,eram.

E tenho dito!