Neymar Junior declarou que a Copa do Mundo do Qatar deve ser a última Copa que irá disputar. Hoje, com 29 anos, o atleta surpreendeu a todos através de uma entrevista em que aparece nitidamente desconfortável em sua fala. O atleta relatou que não terá mais força mental para suportar o esporte.
Dentro de campo, não vem desempenhando um bom futebol. Na partida contra a Colômbia fez, talvez, uma de suas piores atuações vestindo a camisa da seleção. Novamente, recebeu uma enxurrada de críticas. Especialmente após o término da partida, quando se retirou para o vestiário enquanto os jogadores de ambas as equipes se cumprimentavam ainda no gramado.
Falar de Neymar não é tarefa das mais simples. Um atleta com talento especial e que costuma atrair sentimentos extremos da opinião pública. Ame ou odeie, temos de falar sobre Neymar.
Minha opinião é a de que o atleta cresceu envolto a uma bolha de algumas pessoas e familiares que sempre disseram aquilo que ele queria ouvir, afastando-se ao máximo de uma espécie de “mundo cruel” que insiste em criticá-lo.
Assim como na biologia e na natureza (humana, vegetal e animal), sabe-se que anticorpos são criados através da exposição aos antígenos. Na vida, é preciso reconhecer que nossas defesas internas são estabelecidas, em geral, nos momentos de angústia, dificuldades e antagonismos. É difícil? Claro que é ! Mas como já diria o poeta: “não há crescimento sem sofrimento”. Isso faz parte de nossas características primordialmente existenciais.
Aqueles que acompanharam os últimos 11 ou 12 anos do Neymar podem observar que, mais da metade desse tempo, o atleta esteve resguardado em um mundo que chamava de “seu”, quando, de fato, era um microcosmo diante dos olhos atentos (e nem sempre cordiais) de todo um planeta.
No entanto, é impossível passar a vida (pessoal e profissional) inteira dentro dessa bolha. Uma hora ela estoura. E com Neymar, estourou. É como a tal “posição depressiva”, descrita por Melanie Klein, quando a criança, subitamente, se depara com um mundo diferente daquela fusão entre ela e o seio da mãe (até então, fundidos). Neymar viveu uma simbiose com o pai, com os parças, com os 10 ou 12 amigos próximos. Hoje, diante do mundo, o atleta parece não acreditar que pode superar esse “susto” que demonstra sentir ao se expor de forma mais livre nos campos da bola e da vida.
Torço para que Neymar busque um apoio, reconhecendo que, atualmente, 29 anos é uma idade muito pequena para se pensar em aposentadoria no futebol. Talvez, a dificuldade maior seja se aposentar daquele universo pequeno que tanto limitou sua visão e (re)conhecimento do mundo. É preciso saber que há pessoas que te idolatram e, outras, nem tanto. Há também os que odeiam, aqueles que sentem inveja e outros, inclusive, indiferença. E ainda assim, está tudo bem! Só que tudo isso não virá assim, do nada, como num toque de mágica.
Para retomar a energia, alegria e motivação em sua carreira, será absolutamente necessário que o atleta se fortaleça psicológica e emocionalmente. Somente assim, saberá de suas possibilidades de uma forma global, sem neblina nos olhos e nem no coração.
O caso do Neymar, para mim, sempre foi superestimado… Joga bem e tal, mas uma coisa era dar balãozinho com a bola parada nos Chicões do Brasil de 2011-13 ou meter 200 gols nos Naviraienses do nosso futebol. Outra, muito diferente é ser o jogador mais caro do mundo e perceber que não tem talento para tudo isso. Para mim, ele percebeu isso. Ele percebeu que não vai ser o melhor do mundo. Percebeu que toda a grana que ganha não será capaz de dar este prestígio a ele. Percebeu que pode jogar 200 partidas pela Seleção e nunca levantará uma Copa do Mundo. A ficha caiu e ele sabe que não tem como melhorar. Vai repetir a trajetória de Robinho. Um outro candidato a “novo Pelé” que termina a carreira envolto num escândalo sexual. Ao menos ganharam muita grana para poder se tratar psicológica ou psiquiatricamente e descansar onde bem quiserem.
Bom dia, lamento, mas vcs da mídia enaltecem demais a referida pessoa. Não haverá superação ao mestre PELE, não são dados que darão a copa ao nosso Brasil e sim ,vontade, garra e determinação.. Com ele, vamos amargar mais uma eliminação.
Excelente reflexão. Professor. Amei.
Fala Cozac ! Sempre considerei o Neymar muito fraco emocionalmente, basta ver como ele reage mal quando é criticado e as brigas que constantemente se envolve em campo com os adversários, ao invés de se dedicar exclusivamente a jogar bola pois talento ele tem e muito. Queria que ele tivesse pelo menos metade do foco, determinação e força mental que o Cristiano Ronaldo apresenta a cada jogo. Mas infelizmente isso nunca vai acontecer, ele age como criança mimada mesmo as 29 anos. Abs