Dedé e seu anjo sem asas

Geraldo Bubniak / Light Press
Geraldo Bubniak / Light Press

Foi apertado: um golzinho de cabeça de Dedé e algumas poucas chances desperdiçadas. Mas, bastou para o Cruzeiro passar pelo Vitória, na casa do inimigo, e manter-se na liderança, com folga de sete pontos em relação ao vice São Paulo.

É isso que faz a diferença do Cruzeiro pros demais: a incrível capacidade de evitar o funil do decréscimo, aquele que, quando se cai nele, a queda acaba sendo vertiginosa.

A Raposa oscilou, somou três resultados negativos, e, quando parecia que entraria em parafuso, reaprumou-se, com uma vitória sofrida, é verdade, mas sempre  uma vitória.

E o gol de Dedé é exemplar.

C0nheci esse rapaz uma noite em que ele esteve no Bem,Amigos da Sportv, quando me deixou a impressão de ser um moço extremamente emotivo. Belo traço de caráter para qualquer um de nós. Mas, veneno para um atleta, um competidor pela natureza de seu ofício.

Dedé andou falhando, fez gol contra, essas coisas que acontecem. Coisas que tocam qualquer profissional da bola. Mas, tocam mais ainda a quem já naturalmente sensível aos próprios erros.

Mas, Dedé tem um anjo da guarda sem asas ao seu lado: o técnico Marcelo Oliveira, a fina flor da serenidade e da sensatez, além de muito bom de serviço na armação de um time de futebol. E, Marcelo, segundo o próprio Dedé, depois do jogo, confidenciou aos microfones da tv, deu-lhe o respaldo necessário da hora e infundiu-lhe a confiança que resultaria nesse gol da vitória do Cruzeiro.

Trata-se de um pequeno detalhe. Mas, é a soma desses detalhes que forja um autêntico campeão.

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