No campo, a tradição e o Trio de Ferro

Fotos: Gazeta Press

O Trio de Ferro volta a campo neste fim de semana, pelo Paulistão, essa cilada para os grandes daqui mantida pelos cartolas só pra garantir suas eternas reeleições nas tais federações, esse anacronismo que alguns bem intencionados mas defasados no tempo e no espaço chamam de tradição.

Em geral, as pessoas não sabem o exato significado da palavra tradição. Tradição não é uma situação congelada no tempo. Ao contrário, tradição quer dizer transição, passagem, informações transferidas de gerações a gerações, desde os tempos remotos, pelos anciãos das aldeias, para não só preservar a memória mas advertir sobre as lições que o passado vai deixando para se entender o presente e projetar o futuro. Tradição, portanto, é movimento, não estagnação.

É o que tento há décadas demonstrar quando mergulho nas sombras do passado pra colher exemplos extremamente úteis para o presente e o futuro do nosso futebol.

Mas, vá explicar isso pra uma gente algemada pelos clichês e lugares-comuns…

Bem, voltando o aqui e agora do Trio de Ferro.

O São Paulo, que estreou com derrota no campeonato, jogando com um time reserva, promete utilizar diante do Novo Horizontino, neste sábado, alguns titulares, como o recém-contratado Diego Souza e o sempre discutido Cueva.  Mesmo não estando em sua melhor forma física, ambos devem conferir um toque de categoria a esse time, além dos meninos Lucas Fernandes e Shaylon.  Deve ser um time melhor, espero.

Outro grande derrotado na estreia, é o Corinthians, que pega no domingo o Azulão, em São Caetano.

Na verdade, até que o campeão paulista e brasileiro não teve um desempenho trágico na derrota pra Ponte. Nada disso. Deu mostras de que pode levantar a crista ao longo da temporada. O diabo está ali na zona de finalização, ocupada por Kazim, que até pode decidir uma partida ou outra, mas, no geral, contribui pouco para o jogo coletivo alvinegro.

Todavia, Carille, respaldado nos títulos conquistados outro dia, quer aproveitar o Paulistão pra esgotar todas as possibilidades com o centroavante simpático e boa gente, apelidado de o Gringo da Favela.

Mais cedo ou mais tarde, se não vier ninguém do ofício mais categorizado, terá de começar a fazer a devidas experiências com Lucca, Dutra, Danilo, se tiver condições físicas, o menino Carlinhos, até mesmo o imprevisível Sheik.

Já o Verdão deu sinais na estreia de já partir de um patamar acima dos demais, embora longe ainda de oferecer um desempenho de acordo com as expectativas criadas por seu generoso elenco. Lucas Lima fez um golaço e deu alguns passes preciosos, ao seu estilo, e Keno entrou em campo no segundo tempo pra mostrar que não pode ficar muito tempo no banco, não.

Neste fim de semana, o Palmeiras enfrenta o Botafogo, em Ribeirão, e a expectativa é que dê mais um passo à frente.

Contudo, só atingirá o ponto almejado quando estiver praticando um futebol avassalador diante dos pequenos e categórico diante dos seus iguais.

Isso, porém, leva tempo pra que Roger vá, aos poucos, soltando sua equipe enquanto acerta os laços do toque de bola exato e progressivo. Numa hora, terá de arriscar além do convencional brasileiro. E é aqui que torcida, mídia e, sobretudo, diretoria terão de lhe dar respaldo, para o bem comum.

 

 

 

1 comentários

  1. Queria pedir a torcedores do São Paulo, que ignorem qualquer tipo de provocação do ex-jogador que pensa estar em atividade,pois, ele além de dispensado do tricolor no início da carreira, acaba de colaborar com o rebaixamento da Ponte Preta. Pensa que tentando provocar o São Paulo, vai fazer média coma sua torcida ! Além do mais , esse tipo de coisa só alimenta a violência entre as torcidas ! Eu não citei o nome dele, porque não vale a pena !

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